a amazônia é o pulmão do mundo, certo? errado!
as plantas assim como os animais respiram, e no final das contas não resta tanto oxigênio não respirado. mas então o que poderia ser comparado a um "pulmão do mundo"? certamente os fitoplanctons (microorganismos fotossintetizantes aquáticos0). eles, assim como os vegetais fazem fotossíntese e também respiram, mas ao contrário deles adquirem o oxigênio para respirar a partir da água. mas as coisas não são tão simples na equação dos ciclos de nutrientes, a cada dia se conhece melhor a ecologia desses sistemas e recentemente mais um fator entrou na brincadeira nos oceanos, considerado o maior ecossitema da terra.
foi descoberto recentemente que vírus de micróbios do fundo do mar podem ter papel crucial no ciclo de carbono, podendo ser essenciais a inclusão destes seres em planos de manejo de carbono nos oceanos.
vírus líticos (que causam a lise, i.e. quebra celular) infectam células, estourando-as. tais vírus causam a mortalidade de 80% de organismos unicelulares das camadas sedimentares e sub-superficiais do oceano. segundo cálculos, isso causa um retorno para a água de mais de 630 milhões de toneladas do carbono sequestrado nas camadas superiores (e que afundam no mar).
esses vírus não apenas matam os microorganismos como também acelera o crescimento deles, criando desta forma um mecanismo que é praticamente auto-sustentável. quanto a natureza desses microorganismos sabe-se que são bactérias e archaea (que são organismos morfologicamente semelhantes), mas qual predomina neste tipo de ambiente ainda é controverso, gerando grandes debates entre especialistas.
segundo mark gessner, especialista em ecologia microbiana, do instituto federal suíço de ciências aquáticas e tecnologia, "temos de tomar cuidado para não assumir que quando encontramos algo num sistema, ele deve ser verdadeiro através de ambientes, em diferentes tipos de sistemas marinhos."
a verdade é que se necessita maior desenvolvimento tecnológico para o entendimento da floresta que existe no fundo oceânico, pois os atuais métodos já exploram as tecnologias existentes ao seu limite.
fontes consultadas:
- death and life beneath the sea floor, de heidi ledford, nature (2008)
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