8 de março de 2009

como a dengue não mata o mosquito

a descrição, em 98, do mecanismo de desligamento de dna, através da interferência de rna, foi laureada com o prêmio nobel de medicina e fisiologia no ano de 2006. segundo o site da agência fapesp, o mecanismo é descrito como

moléculas duplas de RNA (formado, em circunstâncias normais, por moléculas simples) são capazes de barrar a passagem da informação do DNA para o formato de proteína.

O genoma opera enviando instruções para a fabricação de proteínas do DNA, no núcleo da célula, para o mecanismo de síntese protéica, no citoplasma, através do chamado RNA mensageiro. A interferência de RNA destrói o RNA mensageiro, impedindo a síntese de proteínas – o efeito, na prática, é semelhante ao "desligamento" do DNA.


e este é um poderoso mecanismo do sistema imunológico, e no mosquito ocorre logo após a ingestão de sangue contaminado pelo vírus da dengue, e apesar de inativo, o vírus se propaga da mesma forma, porém sem causar males ao mosquito, segundo pesquisadores do colorado state university. na verdade se causasse a morte do mosquito, o ciclo do vírus completo ao atingir um hospedeiro vertebrado, seria interrompido, o que causaria também a morte do vírus. pesquisadores do virginia tech descrevem o mecanismo com outro nome, viRNA, que seria o virus-derived short-interfering RNAs.

o entendimento deste mecanismo é importante, pois abre a possibilidade de se achar um possível mecanismo para impedir a propagação do vírus enquanto ele ainda está no mosquito, uma vez que ainda não existem nenhum recurso de medicina preventiva ou vacina disponível.

possivelmente a solução para a dengue esteja na genética. enquanto isso, temos que investir na educação para eliminar criadouros e matar os outros que nos importunam.

via eurekalert!

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