hoje é dia mundial da água.
dia que promove o pensamento crítico em relação a como consumimos, conservamos, aproveitamos e valorizamos este que é um dos recursos essenciais para que a vida como conhecemos exista.
o paulistano médio geralmente não pensa muito sobre isso, e o hábito mais deplorável que há em nossa população é o uso irracional e compulsivo deste recurso.
até há uns 50 anos atrás era comum, no mundo todo, pensar que a natureza era infinita e que qualquer coisa que fizéssemos com ela seria inócua. pois bem, o tempo passou e o homem aprendeu e descobriu diversas coisas nesse intervalo, e uma das lições mais importantes é acerca da finitude dos recursos naturais.
os recursos serem finitos não implica na total remoção desse recurso das atividades humanas, mas na busca de como consumí-la racionalmente. no caso de algum recurso não ser essencial, busca-se alternativas ou substitutos. mas pra água, só se pode pensar na primeira alternativa: seu uso racional.
o problema é que a mentalidade de um povo não muda muito em cinquenta anos se não há investimento para divulgar as informações, e para isso a ferramenta mais apropriada é a educação.
só que o sistema educacional brasileiro é pífio e não consegue formar cidadão melhores para nosso mundo. não exito em dizer que a principal culpa disso seja do governo, que desvaloriza os serviços prestados pelas escolas públicas e seus profissionais, negligenciando pessoas para valorizar empreitadas milionárias. afinal, seguindo a lógica mercadológica, o que não dá dinheiro não merece investimento, e nessa lógica medieval-pós-industrial a formação dos brasileiros é deixada de lado.
acredito que o modo como consumimos a água é meramente o reflexo de como agimos em todos os outros âmbitos que atuamos. então é necessário mudar a cabeça das pessoas que já tem seus pensamentos formados, mas principalmente moldar as cabeças das crianças desde a tenra idade, já que é mais fácil criar algo novo que modificar totalmente aquilo que já está pronto.
talvez esta seja a forma de se extinguir a longo prazo hábitos de pessoas regarem a calçada, largar a mangueira jorrando água desnecessariamente enquanto conversa com o vizinho, pessoas deixando a torneira aberta enquanto ensaboa a louça, o corpo ou o chão.
complementando isso tudo é necessário mais que evitar desperdício, mas também que as pessoas aprendam a reutilizar/reaproveitar a água, principalmente das chuvas.
quanto mais se desperdiça, mais caro se torna a água (e o dinheiro é o maior fator seletivo da sociedade ocidentalizada), é a simples aplicação da lei da oferta e da procura. mas se nem o dinheiro consegue convencer as pessoas, é neccessário frisar que a escassez de recursos naturais afeta permanentemente o homem, e não o planeta.
até onde se sabe, sem água não há vida.
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