14 de outubro de 2009

grow to go

um incentivo à agricultura orgânica de subsistência

sou um simpatizante da agricultura orgânica de subsistência.
não por ser mais correto ou qualquer bla-bla-bla utilizado no marketing verde atual.
a verdade é que a qualidade do alimento é bem diferente.
sempre gostei de pegar frutas no sítio da minha vó, comer alimentos frescos e coisas do tipo.
e gosto também de usar os temperos que planto no quintal, apesar de estar seriamente em falta com as cebolinhas e os manjericões, mas isso é outra história.

me empolgo com algumas idéias que vejo, principalmente nos blógues de design, de incentivar as pessoas para que plantem algumas coisas que consomem na própria casa, mesmo que apenas parcialmente. gosto de achar que é um pouco da volta de valores domésticos/familiares do qual fomos progressivamente afastados nos últimos séculos (a partir do renascimento, e que está acelerando continuamente desde a Revolução Industrial).
é um pouco da sensatez ao repensar os hábitos a partir das informações a que temos acesso.

o estudio austríaco de design bradedescalope pegou diversos conceitos de fast food e contruiu um tipo de loja de conveniencia em que v. compra semente de plantas, no vienna design week '09. dentre outras coisas, transformaram as embalagens em substratos prontos para o plantio de diversos tipos de alimentos. a embalagem que lembra as embalagens de hamburguer feitas de isopor são na verdade feitos de arroz e é degradado servindo também como adubo.

então é assim: v. entra numa loja com parência de fast food, sai com pacotes que remetem a fast food mas na verdade é tudo fachada pra v. levar pra casa material pra cultivo (semente+substrato) de coisas que v. poderá colher e comer... tudo prontinho, como um fast food, mas sem ser.

a idéia é ótima, e já que as pessoas não tomam vergonha na cara pra comprar pacotinhos de sementes a menos de R$0,50 em qualquer loja que venda plantas além de alguns quilos de terra por uns cinco reais, acho que isso é uma iniciativa válida.
afinal, se o marketing ensina algo é que podemos manipular o comportamento alheio a fim de vender algum produto, dando uma roupagem atrativa a ele.
apesar disso, acho que uma idéia desse tipo não cole no Brasil, pelo menos não tão cedo... sendo otimista, quem sabe daqui a algumas décadas. (quando os gringos já estiverem avançando sobre outras idéias)

e viva as facilidades modernas!

via design boom

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